terça-feira, 30 de junho de 2015

Ergonomia




Desde a antiguidade os homens usam equipamentos para auxiliar no trabalho. Apenas em épocas modernas surgiu o termo ergometria que serve para explicar a relação entre a máquina e o homem. Com o tempo aumentou o número de maquinário no ambiente trabalhista, o que resultou na necessidade de criar filosofia para explicar o assunto de forma peculiar.

Nos dias atuais a ergonomia representa principal conceito que serve para explicar a relação homem-máquina, não apenas ao estabelecer princípios teóricos que foram coletados depois de análises práticas como também para estabelecer diretrizes a melhorar a coleta de dados a implantar métodos quantitativos e qualitativos para melhorar as formas de produção das indústrias.

Bem-Estar: Homens e Máquinas

Há tempos existe a filosofia de que as máquinas chegaram para retirar os empregos dos homens, fato contraindicado em termos de ergonomia que existe também para melhorar a relação do ser humano com a máquina no sentido de gerar bem-estar no trabalho. Existem poucas universidades que se dedicam a esse tipo de graduação, embora os pós-graduações e mestrados começam a emergir como resposta à demanda de mercado que existe em países com economia sólida.

Trabalhadores do setor realizam projetos de forma principal para fazer análises, seja do desempenho ou da qualidade do produto. Também analisam os ambientes de trabalho no sentindo de enquadrar o quadro geral dos funcionários de acordo com as legislações trabalhistas, de forma principal aos instrumentos usados para a segurança do trabalhador. O objetivo no que tange à análise dos produtos se relaciona com o nível de limitação de capacidade no quadro de trabalhadores ou na infraestrutura no maquinário.      

Quais Objetivos da Ergonomia?

Consiste em relacionar conjuntos de disciplinas no sentido de aprimorar os aspectos organizacionais que existe no que tange à esfera do trabalho e objetiva de forma primordial analisar as relações entre máquina e funcionários. De forma constante os trabalhadores e pensadores do setor desenvolver ferramentas ou programas a serem implantados no sentido de melhorar as relações de tecnologia e trabalhadores ao aumentar não apenas a eficiência como também os níveis de segurança no quadro de produção.
 
 




Fonte : http://www.culturamix.com/cultura/curiosidades/o-que-e-ergonomiaPostado 1 ano atráspor em Curiosidade

           

O que significa higiene ocupacional ?


 
Higiene ocupacional é a ciência responsável por avaliar e analisar os riscos ocupacionais, assim como promover medidas corretivas e preventivas relacionadas ao ambiente de trabalho, assegurando a saúde do servidor.
O que são riscos ocupacionais?
Os riscos ocupacionais são os danos em potencial à saúde do trabalhador classificados em cinco categorias, sendo: físico, químico, biológico, acidente e ergonômico.
O que são agentes de riscos?
Risco físico: Formas de energia perceptíveis ao sentido humano: ruído, vibrações, pressões anormais, temperatura, radiações ionizantes e radiações não ionizantes; umidade;
Risco químico: Substâncias químicas que estão presentes no ambiente são classificados em gases, vapores e aerodispersóides (estes últimos são subdivididos ainda em poeiras, fumos, névoas, neblinas, fibras); podemos entender os agentes químicos como todas as substâncias puras, compostos ou produtos (misturas) que podem entrar em contato com o organismo por uma multiplicidade de vias, expondo o servidor;
Risco biológico: são os agentes que se apresentam na forma de microrganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas, tais como: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários e vírus, entre outros organismos, que podem penetrar no corpo humano através da pele, mucosas, por ingestão ou por via respiratória; agentes estes que os servidores estão de forma habitual ou permanente em contato.
Risco de acidente: Situações da estrutura física que influenciam na ocorrência de acidentes como: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos, outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.
Risco ergonômico: Agentes ergonômicos são os que fazem a relação direta homem x postos de trabalho e que possam interferir negativamente nos trabalhadores tais como: esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade e outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.
 
Fonte : Trabalho com Segurança
http://prodirh.ufg.br/n/35095-higiene-ocupacional
Categorias : Noticias
Imagens https://www.google.com.br/search?q=imagens+de+risco+ocupacionais&espv=2&biw=1012&bih=569&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=9qaSVdaMI8q0ggT7vYCoAg&ved=0CCsQsAQ&dpr=1#tbm=isch&q=imagens+de+higiene+ocupacinal&imgrc=LzCc2Ie3C2E-PM%3A
 



O que é Logística Reversa ?




Segundo dados da ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), em 2012, cerca de 40% dos resíduos sólidos urbanos produzidos pela população brasileira deixaram de ser coletados e, por consequência, tiveram destino impróprio. Em outras palavras, quase 24 milhões de toneladas de lixo – o equivalente a 168 estádios do Maracanã lotados – foram descartados de forma incorreta em lixões ou aterros controlados, locais desprovidos do conjunto de sistemas necessários para a proteção do meio ambiente e da saúde pública.
A gestão inadequada do lixo gera inúmeros danos ambientais que comprometem seriamente a qualidade de vida, tais como: a emissão de gases nocivos pela putrefação; descarte em galerias pluviais provocando alagamentos e inundações; depósito em áreas de preservação ambiental que contaminam o solo e poluem as águas superficiais e subterrâneas; disposição inadequada que contribui para transmissão de doenças; entre tantos outros.
À proporção em que aumenta o número de habitantes nas cidades, cresce a geração de lixo. Observa-se que, as cidades cada vez mais apresentam dificuldades para implantar, ordenar e gerenciar de modo sustentável os resíduos por si gerados. Por isso, desde 12 de agosto de 2010, pela Lei 12.305/10, foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que definiu os princípios, objetivos e instrumentos, bem como diretrizes, relativas à gestão e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, em âmbito nacional.

Entre os conceitos introduzidos está a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o "conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei." Quer dizer que a Lei exige que as empresas assumam o retorno seus produtos descartados (ou seja, a retornabilidade dos produtos usados) e cuidem da adequada destinação, ao final de seu ciclo de vida útil.

Afim de viabilizar esta responsabilidade compartilhada, entra o instrumento da logística reversa que é definido pela Lei 12.305/10 como "instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada".
O processo da logística reversa responsabiliza as empresas e estabelece uma integração de municípios na gestão do lixo. Neste processo, os produtores de um eletroeletrônico, por exemplo, têm que prever como sedará a devolução, a reciclagem daquele produto e a destinação ambiental adequada, especialmente dos que eventualmente poderão retornar o ciclo produtivo.
Por esta política, regulamentada no Decreto Nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, de forma conjunta, organizarão e manterão um sistema de informação sobre resíduos e também ficarão incumbidos de fornecer ao órgão federal responsável pelo mesmo, todas as informações necessárias sobre os resíduos sob sua esfera de competência, na forma e na periodicidade estabelecidas no decreto.
De acordo com o artigo 15 do Decreto, os sistemas de logística reversa serão implementados e operacionalizados por meio de: acordos setoriais (contratos firmados entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, onde partilham a responsabilidade pelo ciclo de vida do produto); regulamentos expedidos pelo Poder Público; ou termos de compromisso.
O prazo para os produtores adotarem as medidas de disposição final dos resíduos, de forma ambientalmente adequada, terminou este ano (2014), nos termos do art. 54 da Lei 12.305/10. Desta forma, o sistema de logística reversa, deverá estar implantado afim de lidar com os seguintes produtos: pneus; pilhas e baterias; embalagens e resíduos de agrotóxicos; lâmpadas fluorescentes, de mercúrio e vapor de sódio; óleos lubrificantes automotivos; peças e equipamentos eletrônicos e de informática; e eletrodomésticos.
Caberá aos consumidores devolver os produtos que não são mais usados em postos específicos, estabelecidos pelos comerciantes. Às indústrias cabe a retirada destes produtos, através de um sistema de logística, seja para reciclá-los ou reutilizá-los. À Administração incumbe criar campanhas de educação e conscientização para os consumidores, além de fiscalizar a execução das etapas da logística reversa.
Com a implantação da logística reversa, da conscientização para a educação ambiental e seus benefícios, pode-se mitigar impactos causados por descartes residuais, melhorar a qualidade de vida dos cidadãos urbanos e obter um balanço ambiental positivo. Além disso, dá-se um passo rumo ao desenvolvimento sustentável do planeta, pois possibilita a reutilização e redução no consumo de matérias-primas.

((o))eco - 18/02/14




 


terça-feira, 9 de junho de 2015

A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO NAS EMPRESAS


A importância da segurança do trabalho é imensurável, e felizmente a implantação de práticas seguras no trabalho vem crescendo bastante ultimamente.
Hoje é difícil encontrar um funcionário que “nunca” tenha passado por pelo menos uma palestra sobre prevenção de acidentes de trabalho, uso do EPI, integração, etc.

Nesse texto abordaremos as principais vantagens de investir na segurança dos funcionários.

ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE

A Segurança do Trabalho possibilita a realização de um trabalho mais organizado. Isso leva não somente a evitar acidentes mas também ao aumento da produção, pois tornado o ambiente de trabalho mais saudável e agradável os funcionários produzirão mais e com melhor qualidade.
A Segurança do Trabalho proporciona também melhoria nas relações entre patrões e funcionários. Quando o funcionário percebe melhorias no ambiente de trabalho passará a ter mais carinho a respeito com a direção da empresa.

EVITAR ACIDENTES DE TRABALHO

É o ponto alto da Segurança do Trabalho. Através das ações de prevenção desenvolvidas na empresa podemos evitar o aparecimento de acidentes de trabalho e às doenças ocupacionais.

O QUE A EMPRESA GANHA INVESTINDO EM SEGURANÇA DO TRABALHO?

Alguns empresários ainda acreditam que investir em Segurança do Trabalho é gasto, esse é um erro grave! De uma forma bem superficial podemos dizer que cada centavo investido em Segurança economiza:
Gastos com acidentes;
Gastos com transporte do acidentado;
Gastos com afastamentos causados por doenças ocupacionais;
Os trintas dias de afastamento do acidentado do trabalho são pagos pela empresa.
Gastos com contratação de mão de obra temporária ou permanente para ocupar o lugar deixado pelo trabalhador acidentado;
Prejuízos materiais: É comum que em casos de acidentes maquinários e produtos se percam, sejam danificados e inutilizados.
Gastos com reabilitação do trabalhador: A volta de um funcionário que sofreu acidente de trabalho na maioria das vezes resulta em uma mudança de função. Logo que o funcionário retorna do período de afastamento causado por acidente de trabalho, é provável leve um tempo até conseguir retomar a sua capacidade laborativa habitual. Nesse período ele está amparado pela estabilidade de um ano concedida pela Lei nº 8.213/91, art. 118.
Gastos com indenizações e com ações na justiça trabalhista civil: Qualquer acidente que envolva alguma perda pode gerar ações na justiça. O único jeito de evitar é construindo um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.Desgaste da imagem da empresa: É notório que hoje ninguém quer fazer negócios ou adquirir produtos que tenham marcas de sangue ou sofrimento de funcionários.A chamada Responsabilidade Social está em toda parte, as empresas e os consumidores estão cada vez mais atentos a isso.
Fonte :http://segurancadotrabalhonwn.com/a-importancia-da-seguranca-do-trabalho/
Artigos Segurança 45 Comentários /Escrito por: Nestor Waldhelm Neto

Com 3 mil garrafas PET, artista cria painel sobre descarte de plástico no mar




Um das avenidas principais de Salvador ganhou uma obra de arte em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na última sexta-feira (5). A intervenção feita pela empresa Bahia Marina é exibida em painel de nove por três metros para retratar a tartaruga marinha, um dos animais símbolos da Baía de Todos os Santos e que hoje está entre as vítimas da degradação ambiental.
Utilizando a arte como apelo, por meio do conceito “Aqui é arte, no mar é lixo”, a obra assinada pela Engenho novo e executada pelo artista plástico Ivo Gato foi criada com materiais que geralmente são descartados no mar. Para compor a peça foram utilizadas três mil garrafas pet de tamanhos variados, duas mil latinhas de cervejas, madeira, ferragens e tinta.
Segundo Ivo Gato, o objetivo do trabalho é explicar que o lixo pode ser bonito se for transformado e não descartado de forma incorreta no meio ambiente. Nove pessoas estiveram envolvidas no processo de criação do painel, que começou com pesquisa de material apropriado e visitas às cooperativas de reciclagem. “Encontramos um material que conseguisse dar plasticidade mais agradável para que o trabalho final não se pareça lixo e sim arte”, explica.

Desde 2009, a Bahia Marina realiza campanhas publicitárias como ações complementares socioeducativas de caráter ambiental, para divulgar de forma criativa a mensagem de preservação do mar. Em 2011 e 2012 as campanhas assinadas também pela Engenho novo foram premiadas nacionalmente.
Segundo Reynaldo Loureiro, diretor do centro de lazer náutico Bahia Marina, anualmente é realizada a limpeza das bacias do entorno da Bahia Marina, localizado no bairro do Comércio, na capital baiana, além da retirada diária de resíduos que são encontrados superficialmente no mar.
O que se percebe é um cenário onde as pessoas ainda não aprenderam a dar o destino correto ao lixo que produz e como temos no mar a base de nossos produtos e serviços, é nosso dever sensibilizar e tentar passar uma mensagem positiva”, afirma Loureiro.




Fonte : http://ciclovivo.com.br/
08 de Junho de 2015 • Atualizado às 09h02

terça-feira, 2 de junho de 2015

Gerenciamento dos resíduos de Serviços de Saúde: uma questão ambiental






       Gerenciamento dos resíduos de Serviços de Saúde


RESUMO:
O tema Resíduo de Serviços de Saúde- RSS tem sido objeto de análise de muitos estudos. Os RSS são vistos como problemas que envolvem áreas da saúde pública e saneamento básico. A discussão sobre questões ambientais evoluiu ao passar dos anos, e chegou-se a uma legislação rigorosa sobre o gerenciamento desses resíduos.Contudo não serão normas, leis, resoluções que mudarão como as pessoas veem o potencial de risco dos RSS, e sim o processo de educação ambiental.Os profissionais de saúde que estão envolvidos na geração de resíduos devem ter a consciência dos prejuízos à saúde pública e ao meio ambiente que o mau gerenciamento poderá acarretar.Conscientizar os profissionais envolvidos no gerenciamento dos RSS e que suas ações interferem diretamente no meio ambiente,e que o gerenciamento adequado tem por objetivo preservar a saúde dos profissionais envolvidos, da população e do meio ambiente, para que seja garantida melhor qualidade de vida para toda sociedade.

1. INTRODUÇÃO

O curso tomado pela vida humana no Planeta Terra é marcado pela produção de resíduos resultantes das suas atividades. Como no início o homem dedicava-se a atividades de caça e coleta e a produção de lixo não apresentava risco e nem preocupação, pois o mesmo era proveniente de material orgânico, e dessa maneira era rapidamente desintegrado pelos microrganismos do solo e logo voltavam a fazer parte do ciclo da vida. (REZENDE,2006).

Conforme o homem passou a viver em sociedades civilizadas seus hábitos e suas atividades mudaram-se, consequentemente o consumo de produtos e sua produção de resíduos aumentaram, trazendo a dificuldade de como se desfazer desses resíduos que produziam, e a alternativa encontrada foi dispor deles às ruas, em áreas baldias, cursos d’água ou no mar. Resíduo é tudo aquilo que é produzido como resultado não desejado de uma atividade humana, e em geral de qualquer ser vivo. (GUEDES, 2006; REZENDE, 2006).

Contudo foi na sociedade moderna do pós-guerra que foi caracterizada pelo consumo de produtos industrializados e descartáveis que a geração de resíduos passa a ser vista como possível fator de contribuição para os problemas ambientais como relata Rezende (2006).

No tocante a produção de resíduos, Philippi Jr citado por Caldo (2009, p.46) diz que “a produção de resíduos sólidos faz parte do cotidiano do ser humano. Não se pode imaginar um modo de vida que não gere resíduos sólidos”. Todavia o aumento na geração de resíduos é, na realidade, um consumo desnecessário de matéria-prima, que tem como consequência uma velocidade de degradação maior do que a capacidade de regeneração da natureza (SCHNEIDERetal.,2001apudGUEDES,2006).

O ser humano produz resíduos poluentes que são encontrados nas formas sólida, líquida e emissões gasosas. Os resíduos sólidos podem provocar alterações intensas não apenas no solo como também na água e no ar atmosférico,se dispostos inadequadamente, eles têm a possibilidade de ocasionarem danos a todas as formas de vida, gerando problemas que podem aparecer anos depois da sua disposição. (MENDES, 2005).

A geração de resíduos e seu posterior abandono no meio ambiente geram sérios problemas ambientais e de saúde pública, problemas que comprometem significativamente a qualidade do ar, da água e da saúde humana.(GUEDES, 2006).

Várias legislações foram elaboradas no decorrer dos anos com o objetivo de buscar soluções e orientações necessárias para que os geradores dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) pudessem adequar e gerenciar seus resíduos, sem provocar danos ao meio ambiente e à saúde pública, pois estudos apontavam a drástica realidade existente no Brasil, que são os RSS serem dispostos juntamente com resíduos comuns, muitas das vezes sem o tratamento preconizado pela legislação vigente. (GARCIA e RAMOS, 2004).

Vários autores relatam os efeitos maléficos que resíduos sólidos fazem ao meio ambiente e a saúde coletiva, e as principais causas estão relacionadas com deficiência em seu gerenciamento e disposição final.

2.RESÍDUOS SÓLIDOS DE SAÚDE: DEFINIÇÕES, LEGISLAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES

“Lixo hospitalar” era a denominação genérica de todos os resíduos nos serviços de saúde no Brasil até o final da década de 1980. Essa terminologia atualmente foi substituída pelo termo “Resíduos de Serviço de Saúde” (RSS). Essa substituição de nomenclaturas ocorreu em função de esses resíduos não serem de origem exclusiva de hospitais. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) em sua resolução nº 358 de 29 de abril de 2005 expõe que todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana e animal incluindo os serviços de assistência domiciliar, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento, distribuidores de produtos farmacêuticos, farmácias de manipulação, drogarias dentre outros, são geradores de RSS e por isso são responsáveis pelo gerenciamento dos mesmos desde a sua geração até a disposição final, tendo que atender aos requisitos ambientais e de saúde pública e saúde ocupacional. (CONAMA, 2005).

Devido às características peculiares dos RSS, são necessários processos diferenciados em seu gerenciamento. Alguns desses resíduos exigem tratamento prévio para a sua disposição final. (BOSTON, 2011; CONAMA, 2005).

Os resíduos de serviços de saúde são de natureza heterogênea. Portanto, é necessária uma classificação para a segregação desses resíduos. Diferentes classificações foram propostas por várias entidades dentre elas o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). (BOTTON, 2011).

Em abril de 2005, considerando a necessidade de aprimoramento, atualização e complementação dos procedimentos contidos na Resolução CONAMA nº. 283/2001, o CONAMA publicou a Resolução CONANA nº. 358 de 2005, contudo, visando a necessidade de ação integrada entre os órgãos federais o CONAMA manteve a mesma classificação dos RSS publicada pela RDC nº.306/2004 da ANVISA. (ANVISA, 2004; CONAMA, 2005).

A classificação dos RSS pela resolução nº.358/2005 do CONAMA ficou da seguinte forma:

Grupo A: Potencialmente infectantes. Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que devido suas características podem apresentar risco de infecção.

Grupo B: químicos. Resíduos contendo substancias químicas que podem apresentar risco para a saúde pública ou ao meio ambiente, nela estão inclusas drogas, saneantes, resíduos com metais pesados e demais produtos perigosos classificados pela NBR 10.004 da ABNT.

Grupo C: rejeitos radioativos. Qualquer material que contenha radionuclídeos em quantidade superior aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN.

Grupo D: resíduos comuns. Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico ao meio ambiente ou a saúde, podendo ser comparado aos resíduos domiciliares.

Grupo E: perfurocortante. Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, lâminas de bisturi, lancetas, lâminas de barbear e outros similares.
2.1 Gerenciamento dos RSS

O gerenciamento dos RSS é constituído por um conjunto de procedimentos de gestão, com a finalidade de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores envolvidos, da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. (ANVISA, 2004).

Caberá ao responsável legal dos estabelecimentos geradores de RSS elaborar e implementar um Programa de Gerenciamento de Resíduos de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) que envolva todas as etapas de manejo dos RSS, desde sua geração até a disposição final, em conformidade com requisitos legais, sem prejuízo da responsabilidade civil solidária, penal e administrativa, de acordo com a Lei n.º 9.605/1998 que regulamenta os crimes contra o meio ambiente. (ANVISA, 2004; CONAMA, 2005).

Um programa efetivo de gerenciamento de resíduos infectantes é assegurar nível adequado de confiança à saúde pública e ao meio ambiente, em virtude dos riscos apresentados com a presença de agentes infecciosos. Um plano de gerenciamento deve atender a legislação vigente para cada etapa: geração, segregação, acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento, tratamento e disposição final com a adoção de práticas para o manejo seguro através de treinamento adequado, uso de equipamentos e EPI’s de acordo com tipo de resíduos gerado, além de prever eventuais ações para prevenir e corrigir situações não ideais em todas as suas fases. (VIEIRA, 2010).

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/54055/gerenciamento-dos-residuos-de-servicos-de-saude-uma-questao-ambiental